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Sou amante dos animais e da natureza. Busco um caminho além das fronteiras impostas pelo homem. Procuro um meio de conhecer mais, aventurando e convivendo com esse universo além do ser humano, o mundo dos animais e das plantas, aonde existe vida. Acima de tudo este projeto foi criado para conscientizar as pessoas, mostrando muitos desses maravilhosos animais, fazendo-as compreender sua beleza e sua importância para o meio ambiente e para nós, humanos. Também temos como objetivo falar sobre todos os aspectos relacionados ao meio ambiente e a sustentabilidade. Lembrando que cada um de nós precisa fazer sua parte, para que possamos viver em um mundo sustentável. Qualquer dúvida é só entrar em contato! Marcus Farah.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ubatuba - Parte 6 - Golfinho

Finalmente! Hoje vamos falar sobre o golfinho que encalhou na praia de Itamambuca e foi resgatado pelo Instituto Argonauta.

No dia 27 de julho o Instituto Argonauta recebeu um chamado de um golfinho que encalhou na praia de Itamambuca, em Ubatuba. Rapidamente nos dirigimos para o local. Na equipe que realizou o resgate do golfinho estavam o biólogo Danilo, o veterinário Rodrigo e a veterinária Paula, profissionais do Instituto Argonauta e eu e a Ana Paula (Pepa), estagiários do Instituto.

Casos como esse, de golfinhos encalhados são relativamente comuns por todo o litoral. Geralmente isso acontece com animais que estão muito fracos e não conseguem acompanhar o bando, ficando desnorteados e acabando por encalhar nas praias.

Chegando ao local, foi preciso realizar alguns procedimentos básicos para determinar o estado de saúde do golfinho, além de um trabalho de educação ambiental com as pessoas que estavam em volta. Nesse trabalho foi explicado os possíveis motivos do golfinho ter encalhado, quem é o Instituto Argonauta e o que faríamos para ajudar o golfinho.


Foi constatado que o animal estava fraco e hipotérmico. Ele foi medicado e foi realizada uma tentativa de soltura, mas depois de nadar pelas águas rasas por quase meia hora, o golfinho voltou a encalhar.


Como não houve melhora do golfinho após a medicação, foi preciso leva-lo até o CRETA (Centro de Reabilitação e Triagem de Animais Aquáticos do Instituto Argonauta) para que pudesse se recuperar até estar pronto para voltar ao mar. No CRETA ele precisou de atenção 24h por dia, mas se recuperou rápido e bem.

O golfinho foi identificado como sendo do gênero Stenella. Os golfinhos desse gênero são espécies oceânicas e não costeiras, e não é comum serem vistos perto da costa, ao contrário de espécies como o golfinho-nariz-de-garrafa, que possuem hábitos costeiros.


Apesar de se parecerem com peixes, os golfinhos na verdade são mamíferos, assim como nós. Eles possuem pelos, são endotérmicos, produzem leite, respiram ar e podem se afogar, se presos por muito tempo debaixo d'água. Esse é um exemplo de 'convergência evolutiva', na qual diferentes espécies possuem estruturas parecidas pois possuem modos de vida semelhantes.

Assim como as baleias, os golfinhos fazem parte do grupo de mamíferos marinhos da ordem Cetacea (cetáceos), e passam toda a vida no mar, ao contrario de outros mamíferos marinhos como o lobo-marinho e a foca, que podem retornar a terra.

Esses animais se comunicam através de um mecanismo semelhante ao sonar dos morcegos, conhecido como ecolocalização. Através da ecolocalização eles emitem sons na água que podem ser ouvidos por outros golfinhos a quilômetros de distância, permitindo assim que localizem uns aos outros.

Outro ponto positivo é que esses animais são muito sociáveis e podem facilmente entrar em grupos de outras espécies de golfinhos, dando a este animal mais chances de encontrar um grupo e sobreviver ao ser solto no mar.


Depois de cinco dias de plantão, foi uma satisfação enorme poder ver um animal que dedicamos dias para cuidar, voltando ao mar, forte e saudável. É realmente muito emocionante e fiquei muito feliz! Isso mostra que todo o esforço e dedicação valeram a pena. Parabéns a equipe do Instituto Argonauta!

Equipe do Instituto Argonauta que ficou de plantão por cinco dias cuidando do golfinho! Profissionais Danilo, Rodrigo e Carlinhos e estagiários Clara, Matheus, Dandara, Nadja, Pepa, Renan, Guilherme e eu.

Além de tudo isso, foi trabalhando no Instituto Argonauta que eu tive minha primeira aparição na mídia! Confiram as reportagens da Veja e da Record onde eu apareço rapidamente de capa de chuva amarela, durante o resgate e também a reportagem da Rede Globo sobre a soltura do golfinho, da qual eu não participei, mas o golfinho foi acompanhado pelos profissionais do Instituto Argonauta e pelo Matheus, que também estava estagiando no CRETA.



   
IMPORTANTE

Se alguém ver um golfinho vivo encalhado, o recomendado é ligar para o órgão ou instituição local responsável, podendo ser institutos como o Argonauta, aquário da cidade ou mesmo a polícia ambiental. Para manter o golfinho vivo até a ajuda chegar, o importante é fazer 'buracos' debaixo das nadadeiras para que ele não se machuque caso se debata, e manter o animal úmido, sem deixar que a água entre no orifício respiratório, pois se isso acontecer ele pode morrer.  

Espero que tenham gostado. Fiquem ligados!
    

domingo, 19 de outubro de 2014

Belo Monte, Anúncio de uma Guerra

Eu peço a todos, que se possível, assistam a esse filme e reflitam. Belo Monte vale mesmo a pena? Belo Monte é mesmo necessária? Quais são as consequências? Vidas humanas? Culturas? Assistam a triste e verdadeira história por trás da construção dessa hidrelétrica.

 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ubatuba - Parte 5 - Costões Rochosos

Nessa postagem trataremos apenas de costões rochosos, ambientes de transição entre o continente e o mar.

Costão rochoso é um ambiente costeiro de transição entre o continente e o mar. No Brasil, suas rochas são de origem vulcânica e podem se estruturar de diferentes maneiras. O costão pode ser formado por paredões verticais que podem atingir muitos metros tanto de altura acima do nível do mar, como de profundidade, como por exemplo na Ilha de Trindade, ou por matacões de rochas fragmentadas com pouca inclinação, como é o caso da costa de Ubatuba.

A ocorrência de costões rochosos está relacionada com a proximidade das serras em relação ao Oceano Atlântico. Em locais como Ubatuba, onde a Serra do Mar se eleva próxima ao oceano há um predomínio de costões rochosos no limite terra-oceano, porém, em locais onde a Serra do Mar está distante da costa, a predominância é de manguezais e restingas, assim como em Cananéia. 
  

Costão rochoso da praia do Tenório - Ubatuba

Os costões podem ser modelados por influências físicas (erosão, batimento das ondas, ventos, chuvas e temperatura), químicas (decomposição das rochas) e biológicas (desgaste das rochas causados por organismos presentes no costão).


Os costões rochosos apresentam uma rica biodiversidade, como algas e diversos animais marinhos que se fixam às rochas, assim como espécies de moluscos, crustáceos, peixes, tartarugas, entre outros. Alguns animais como os caranguejos vivem no costão, utilizando o labirinto de rochas como proteção para predadores. Esses animais são muito espertos, basta chegar perto e eles já fogem para o meio das pedras.


Existem diversos tipos de poluição em ambientes costeiros marinhos causadas pelo homem. Derramamento de petróleo e poluição por esgotos domésticos são algumas das mais graves, mas esse assunto específico ficará para uma próxima vez.

Em costões rochosos é comum encontrar lixos de todos tipos que foram deixados lá ou mesmo que foram jogados no mar e foram trazidos pela correnteza e acabaram ficando presos entre as rochas. Lixos como garrafas pet, latinhas, roupas, calçados, etc. Em Ubatuba chegamos a encontrar até um colchão no costão!! Infelizmente não registrei esse colchão, mas nós o levamos para o Instituto Argonauta e ele está sendo utilizado sempre que preciso, durante o tratamento e a estadia de animais no CRETA.

O fato é que muitas vezes as pessoas não sabem o impacto que causam jogando esses materiais no mar. Muitos animais podem acabar se machucando ou até comendo esses objetos. Casos de aves com lixo no estômago são muito comuns no CRETA. 

Sendo assim, toda vez que for jogar um lixo no mar, ou no chão, ou em qualquer outro lugar que não seja uma lixeira, pense nos impactos que você está causando.



Enfim, falamos um pouco sobre os costões rochosos, mas ainda há muito o que se discutir sobre esse ambiente, mas teremos outras oportunidades para isso. Amanhã estarei indo com a faculdade para Cananéia em uma saída de campo. Quando voltar, terminaremos de falar sobre Ubatuba e falaremos sobre Cananéia e o litoral sul de São Paulo. Fiquem ligados!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Ubatuba - Parte 4

No caminho de mais um dia de trabalho, assim como todos os outros, fomos agraciados com a presença de diversas aves que habitam a região. Abaixo vemos gaivotas, que são uma família de aves marinhas, encontradas em todo litoral brasileiro, sendo o gaivotão a espécie mais encontrada no litoral paulista; garças-brancas, que são aves aquáticas e podem ser encontradas desde o litoral, até o interior do país e nos grandes municípios e o urubu-de-cabeça-preta, ave que se alimenta de animais mortos e que também pode ser encontrada em todo território nacional. O biguá também é uma ave aquática muito comum na região e que avistamos com frequência.


Essa é uma visão comum na região. A costa de Ubatuba é repleta de espécies de peixes e de lugares bons para pescar, e onde há barcos pesqueiros, há aves em volta. As aves marinhas vivem seguindo os barcos pesqueiros tentando abocanhar os peixes indesejados que os pescadores devolvem ao mar. 


Em mais um dia de folga, resolvemos ir até Trindade, no Rio de Janeiro, para visitar as famosas Piscinas Naturais de Trindade, também conhecidas como Piscina Natural do Cachadaço. É possível chegar nas piscinas por trilha ou por barco. Optamos por ir de barco, que saiu da Praia do Meio e nos levou até elas.


Possuem esse nome pois são cercadas de rochas vulcânicas, que formam uma piscina natural onde é possível nadar. Apesar do dia não estar ensolarado, deu para aproveitar muito. As piscinas naturais são belíssimas!


É com esse lindo pôr do sol finalizamos mais um dia. Continuem nos acompanhando e fiquem ligados!

sábado, 11 de outubro de 2014

Falta de água em São Paulo, e agora?

Olá pessoal. Imagino que todos estão preocupados com a escassez de água na grande São Paulo devido a falta de chuva na região e ao baixo nível do Sistema Cantareira e de outros sistemas que abastecem a região. O fato é que há falta e água, mas e agora? Não estou aqui para apontar culpados e falar sobre o que causou o problema (mesmo porque a água é um recurso finito e limitado), mas para dar dicas de como economizar água e como ter uma reserva de emergência.

Primeiramente é preciso economizar a água. É essencial que se evite desperdícios. Para isso, evite banhos demorados, não deixe a torneira ligada quando estiver escovando os dentes ou lavando a louça, de preferência a mangueiras com esguicho ou regadores na hora de regar as plantas, lave seu carro apenas quando for realmente necessário e quando o fizer, evite o desperdício. Sei que quem tem carro gosta sempre de manter o carro brilhando e o lava sempre que este está, mesmo que só um pouco, sujo. Sei mesmo como é essa necessidade de manter o carro limpo. Sou homem e dirijo (sem preconceitos, claro. É que geralmente o homem tem mais essa necessidade com os carros do que as mulheres), mas Toda vez que você leva seu carro para lavar, uma grande quantidade de água é desperdiçada.

Lembrando que já falamos sobre a economia de água na Dica Sustentável 16. Vale a pena conferir novamente.

Mantenha uma reserva de água em casa. Se a escassez ainda não o atingiu, aproveite e encha algumas garrafas pet vazias que tem em casa, como reserva para quando faltar água. Essa também é uma maneira de reutilizar as garrafas pet.
 
 
Faça o reuso da água. Há maneiras de se reutilizar a água da máquina de lavar roupas e do chuveiro. Essa água pode ser utilizada para a lavagem de quintal e na descarga de vasos sanitários, evitando ainda mais o desperdício. Pesquise a respeito sobre os sistemas existentes de captação, armazenamento e filtragem deste tipo de água.

Também pode-se fazer a captação da água das chuvas. Essa água captada pode ser utilizada na limpeza, em geral, para regar plantas e até para o consumo, se for tratada com cloro. Existem vários sistemas de captação de água de chuva. Pesquise e utilize o que preferir. A chuva pode não estar abundante, mas tudo o que puder aproveitar será útil.

E é claro. Preserve o meio ambiente, promova a educação ambiental para conscientizar as pessoas sobre os problemas ambientais e sempre que ver alguém cometendo algum crime ambiental, comunique o órgão responsável imediatamente. 
Segue um link do site do Greenpeace, que explica para quais órgãos ambientais ligar de acordo com a infração. 

                    Imagem: Cantareira sobre com a falta de chuva. Fonte: Folha de São Paulo

Procure seguir o máximo desses procedimentos que conseguir e estará ajudando na economia da água. E o que nos resta é esperar que a chuva volte e que aumente o volume do Sistema Cantareira e dos outros!