De norte a sul do litoral paulista, passamos de Ubatuba para Cananéia. Em outubro fizemos uma visita técnica com a faculdade em Cananéia, com o objetivo de aprender mais sobre o processo de gestão do projeto de manejo de ostra da Cooperativa de Produtores de Ostras (Cooperostra) e sobre a estrutura de implantação da Reserva Extrativista do Mandira de Cananéia. Quando surgiu a Cooperostra, os cooperados foram capacitados em gestão de projetos pelo José Luis Silva de Oliveira do Instituto Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, gestor ambiental e professor do Centro Universitário SENAC (O Zé Luis é meu professor de Gestão de Projetos e foi quem organizou a visita técnica).
Nossa primeira parada em Cananéia foi no Instituto de Pesca para ter uma palestra com a pesquisadora Celena para entender a relação do Instituto de Pesca com a cooperativa. O instituto auxilia na organização da cooperativa e também realiza estudos sobre as ostras na Reserva Extrativista do Mandira.
Entrada do Instituto de Pesca de Cananéia
Entrada da Cooperostra
Em seguida fomos até a cooperativa conversar com o funcionário Mario e aprender um pouco mais sobre a cooperostra, sua organização, história e como é realizada a engorda, extração e comercialização das ostras.
A ostra é um molusco bivalve, ou seja, que possui duas conchas. Podem ser encontradas em todos os mares do mundo, menos em regiões muito frias ou poluídas e são muito apreciadas na culinária por diversos povos.
A ostra é um molusco bivalve, ou seja, que possui duas conchas. Podem ser encontradas em todos os mares do mundo, menos em regiões muito frias ou poluídas e são muito apreciadas na culinária por diversos povos.
A extração e comercialização das ostras é a principal fonte econômica de Cananéia e antes da cooperostra a extração era feita pelos coletores de ostra, cada um por si. A cooperostra surgiu para melhorar a situação precária dos coletores tradicionais que coletavam clandestinamente e vendiam aos atravessadores para garantir sua subsistência. Assim a Cooperostra surgiu para organizar a produção e o comércio das ostras, resultando em um aumento da qualidade do produto, certificando-o e assim, ampliando seu mercado.
A Cooperostra extrai o recurso de modo
sustentável, respeitando o período de defeso, e assim permitindo que ele
se mantenha e não se esgote. O defeso é uma época do ano em que é
proibido a extração de determinado recurso marinho com a finalidade de
preservar tal recurso para que ele possa se manter. O período de defeso
das ostras vai de 18 de dezembro a 18 de fevereiro. O período anual é instituído pelo Ibama e varia conforme o
período de reprodução de cada espécie.
O período de defesa das ostras é durante a melhor época de vendas devido ao turismo que cresce em dezembro e janeiro. Devido a isso surgiu a ideia da engorda. A coleta é feita meses antes e ostra é colocada para engorda para que esteja no tamanho ideal (de 5 a 8 cm) de venda na época da engorda. Assim é possível vender sem extrair.
O processo de limpeza da ostra é realizado por depuração (filtragem e purificação) do molusco, utilizando água potável.
No tempo em que ficamos na Cooperostra recebemos algumas visitas.
Nosso primeiro visitante foi esse conhecido habitante do litoral. O caranguejo, um crustáceo que pode ser encontrado em regiões litorâneas por todo o mundo e que possui a capacidade de se adaptar a qualquer tipo de água.
Outro visitante foi esse lindo saí-azul! Foi realmente um presente incrível, fazia tempo que não avistava um desse!
Depois de um belo dia de muito aprendizado pudemos experimentar uma saborosa ostrinha.
Fiquem ligados, na próxima iremos até a Reserva Extrativista do Mandira!
Trilha sonora:
Charlie Brown Jr - Ritmo, ritual e responsa (abertura)
Tokens - The Lion Sleeps Tonight
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